Como bem comunica e orienta o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa o IBGC (2022), Governança corporativa é o sistema pelo qual as empresas e demais organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre sócios, conselho de administração, diretoria, órgãos de fiscalização e controle e demais partes interessadas. Desdobrando este conceito de governança corporativa vamos nos encontrar com seus princípios e aqui destacamos um deles, para que você possa fazer positiva reflexão.
Transparência – comunicação ampla de informações sobre o desempenho da empresa para além daquelas exigidas e previstas pelos órgãos reguladores. Significa proatividade e atenção à todas as partes interessadas, reportando desafios e resultados positivos, tangíveis (mensuráveis) e intangíveis (percebidos).
Por este princípio, temos uma atividade qualificadora dos órgãos de governança, que irão monitorar e avaliar as informações e resultados, dirigindo a organização para rotas de desempenho compatíveis com o que se demonstra em dados, informação e conhecimento em cada período de monitoramento e avaliação. Na prática, uma função de governança corporativa bem implantada, garante aproveitamento de resultados, sejam eles positivos ou negativos.
A transparência, a consistência e conformidade nos reportes de resultados, demonstra maturidade empresarial nas 3 dimensões diferenciadoras de empresas, em especial, as de capital aberto, nos referimos à já conhecida sigla ESG, Enviroment, Social and Governance. Com origem no conceito Triple Botton Line para definir Responsabilidade Social Empresarial, que há cerca de 20 anos atrás retratava a necessidade de desempenho econômico, social e ambiental, a inserção do conceito Governance, evidencia aprendizado e insatisfação com o alcance das ações corporativas e locais de grandes grupos empresariais em RSE, agora, ESG.
Percebe-se o quão necessário é a atuação da alta administração no monitoramento, avaliação e incentivo contínuos, regulares e não eventuais, para as chamadas práticas produtivas ambientalmente sustentáveis e a construção efetiva de ações que gerem impacto social, com resultados mensuráveis, antes, durante e após a ação das operações produtivas de empresas em qualquer setor de atividade econômica, em relação a todas as suas partes interessadas.
Consolida-se assim, o entendimento de que não é aceitável, tão pouco viável, a nenhuma empresa, focalizar apenas resultados econômicos, faz-se primordial combinar metas de performance financeira e a remuneração dos acionistas ou sócios, com sustentabilidade, diversidade, ética, segurança e saúde do trabalho, qualidade de vida, segurança da informação, proteção e privacidade de dados, conformidade legal e outros princípios, valores e práticas que garantam o crescimento sadio e sustentável de uma organização e de todas as suas partes interessadas.
Investidores e consumidores exigem, escolhem e priorizam empresas com práticas e resultados efetivos em ESG. Desafios? Custos? – Não. Oportunidades e Investimentos para alcançar e manter, desempenho empresarial qualificado, promotor de produtividade sadia, alta performance, lucro limpo e perene. Governança e resultados empresariais com ESG: como esses impulsionadores de crescimento podem favorecer sua empresa? – Favorecem garantindo confiança, respeito, engajamento das partes interessadas, em especial, dos colaboradores e clientes que atestarão com positivo orgulho, a legitimidade dos resultados e das declarações públicas de propósito, além dos reportes oficiais de dados, informação e conhecimento que empresas e organizações sérias devem realizar. – Favorecem fortalecendo atributos de marca, nome, atraindo consumidores, investidores, gerando condições favoráveis à inovação e à expansão segura das operações.
Andréa Guimarães Nunes é fundadora da ALMATECH®, Consultora Especialista em Governança e Gestão, Mestre em Ciência da Informação, Especialista em Governança de TI e em Gestão Estratégica de Negócios.
Contato: andrea@almatechconsult.com.br